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Página inicial O CREFITO-8 Sala de Imprensa Notícias CREFITO-8 entrevista a Doutora Thais Pamplona, terapeuta ocupacional vencedora do "Prêmio Dr. Walmir Maingué".
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Dra. Thais é da primeira turma de Terapia Ocupacional da Universidade Tuiuti, turma (1981 – 1984), sua história com a terapia ocupacional, inicia ainda criança quando algumas situações chamaram sua atenção e despertaram seu interesse. Com 7 anos de idade, chega ao colégio em que estudava o movimento bandeirante de escotismo que a encanta em função das ações que o movimento realizava. Nessa mesma época, havia um estagiário no colégio, que era cego e tinha um relógio em Braile, que chama muito sua atenção e que ficou marcado em sua memória o relógio. Quanto tinha em torno de 13 anos em uma das ações do movimento bandeirante, outra situação que a marcou, foram duas meninas cadeirantes que deixaram de participar das ações pelo fato de na época não existir inclusão para pessoas com deficiência no escotismo. Nessa fase, adolescente lendo uma enciclopédia que ganhou de seu pai, teve contato com a definição da profissão, essas experiências, entre outras, foram marcos para sua escolha profissional, ao fazer sua inscrição no vestibular para o curso de Terapia Ocupacional.

Após graduada, com cursos de especialização e capacitações, mudou-se para Santa Catarina e ingressa na APAE da cidade, sua história na APAE foi bastante peculiar. Com o filho pequeno no carro, estava indo até a APAE para deixar seu currículo, no caminho encontra um Sr. de branco, para esse Sr. na rua para pedir informação sobre a APAE, pois vendo ele de branco imaginou ser médico e coincidentemente esse ele era o Diretor da APAE, que a apresentou para as gestoras. A Dra. Thais se ofereceu, na época, para trabalhar seis meses gratuitamente, para que conhecessem o trabalho da terapia ocupacional e que se após esses seis meses não tivessem interesse ela deixaria a escola. Após esse período, ela foi contratada como Terapeuta Ocupacional da APAE e depois de alguns anos chega a direção da escola. Atuava também, em seu consultório particular e após alguns anos deixa a APAE e se candidata a conselheira tutelar quando surge o estatuto da criança e do adolescente, é eleita duas vezes para essa função, após é eleita conselheira municipal dos direitos da criança e do adolescente, foi também conselheira de saúde do serviço social e essas funções aprimoraram e principalmente difundiram o papel do terapeuta ocupacional nas política públicas.

Nesse período cria, com amigas de diversos municípios do estado de Santa Catarina, um grupo, com a finalidade de atender crianças em situações de vulnerabilidade nas escolas. Também em SC foi precursora e fundadora do primeiro grupo de escoteiros inclusivo ainda nos anos 80, que ainda existe e foi difundido para outras cidades. Em Santa Catarina recebeu prêmios como o “Amiga da Criança Catarinense.”

Por questões pessoais retorna a Curitiba em 2005, é aprovada no concurso público da Prefeitura de Piraquara e começa atuar no CAPES álcool e drogas, também aprovada em concurso público inicia seu trabalho no Hospital do Trabalhador em Curitiba na reabilitação de membros superiores e mão. Em Curitiba foi também conselheira municipal de saúde e participou do SindSaúde-PR.
Atualmente, reside na região metropolitana de Curitiba, onde participa da diretoria de uma associação de pais de crianças autistas, a associação conta com mais de cem famílias que se apoiam, e dão suporte quanto a questões legislativas, acesso a terapias e questões assistenciais.


Toda essa história pessoal e profissional da Dra. Thais deu a ela uma vasta experiência profissional e pessoal na reabilitação física, mental e social. E aquele momento em que parou na rua aquele senhor de branco, e se dispôs a trabalhar seis meses sem remuneração para mostrar o papel do terapeuta ocupacional, foram determinantes para sua trajetória e todo o reconhecimento da terapia ocupacional, mas principalmente de seu grande e belo trabalho.

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