O CREFITO-8 conta a história do menino Rhayon Bernardo Guandeline, de Ponta Grossa, que foi paciente da Fisioterapia, se apaixonou pela profissão e está tornando a sua dificuldade uma motivação para ser um Fisioterapeuta e fazer diferença na vida das pessoas, como fez na vida dele!

Filho de professora, nasceu aos 7 meses, e em razão da necessidade de suporte de UTI Neonatal foi encaminhado ao Hospital de Ponta Grossa. A transferência não foi como planejada e infelizmente, aconteceu com muita demora. Após dar entrada no hospital, permaneceu na UTI por 29 dias.

Nos primeiros meses, ainda bebê, não apresentava movimentações corporais convencionais e evoluções de acordo com seu desenvolvimento. Em primeiro momento, a equipe que o acompanhava o diagnosticou com diversas doenças respiratórias, e para tanto o tratavam para esses. Até os 3 anos de idade, foram diversos tratamentos, sem sucesso, até que por fim chegaram ao diagnóstico de Paralisia Cerebral (PC). A partir desse momento, inicia a história com a Fisioterapia.
O Rhayon sempre apresentou alteração de equilíbrio, encurtamento severo de membros inferiores e reflexos presentes e para tal, utiliza de órteses para se locomover.

Durante sua adolescência, relata a dificuldade diante de muito preconceito e barreiras para a integração completa dentro do ambiente escolar, sendo desafiado várias a compreender o que ele tinha, e entender a razão da sua condição física. Aos 14 anos, começou a ter aulas de Biologia, e sua professora ao conhecê-lo e ver seus questionamentos disse:

- “Agora você vai entender o que você tem.”

Os anos passaram, o vestibular se aproximava e a professo de Biologia questionou ao Rhayon por que ele não pensava em cursar Fisioterapia como profissão, mas naquele momento ele achou impossível.

Nesta mesma época, o Rhayon realizava o tratamento de Fisioterapia e durante as sessões, começou a conversar com a Dra. Luana Maria Guimarães Martins, sua Fisioterapeuta, que brilhantemente explicou a ele sobre a profissão, inclusive deu uma cópia da Resolução nº 424, o Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia. Rhayon relata que era notório o amor da Dra. Luana pela fisioterapia e conhecendo melhor a profissão, nasceu o “brilho dos olhos” e se apaixonou pela Fisioterapia como profissão.

Na época em prestou o vestibular para universidade, em razão do PROUNI conseguiu vaga apenas no curso de Psicologia e entrou com o objetivo de depois mudar para a Fisioterapia, objetivo este que conseguiu realizar.

Rhayon relatou que percebeu a movimentação da universidade e principalmente de seus professores, para integrá-lo de forma completa com a turma, e iniciou junto a algumas professoras pesquisas científicas e projetos de extensão.

A Faculdade de Fisioterapeuta para o Rhayon é sinônimo de superação!

O CREFITO-8 se orgulha de poder contar histórias como essa, que só se tornam possível graças a pessoas que cumprem com excelência a sua profissão e escolha de vida.

Em nome do colegiado do CREFITO-8, parabenizamos a Dra. Luana Maria Guimarães Martins e em nome das professoras e fisioterapeutas: Aryadnne Schactae, Cristiane Bulyk Veiga e Cristiani Aparecida Pereira de Mello, parabenizamos toda a Universidade UNICESUMAR de Ponta Grossa, coordenação do curso e demais professores por tornarem o sonho do Rhayon realidade e não medirem esforços para que ele esteja integrado e aprenda com excelência a nossa profissão, a Fisioterapia.