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Os cuidados paliativos foram definidos em 2002 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a abordagem, ou conjunto de práticas, que tem como objetivo melhorar a qualidade de pacientes terminais ou em estado avançado de enfermidade por meio de um tratamento humanizado. Assim, esse método reúne profissionais de uma equipe multidisciplinar, todos juntos atuando em prol da evolução física e mental do paciente, buscando a diminuição do sofrimento e recuperação das habilidades funcionais remanescentes.

Nos cuidados paliativos, a Fisioterapia é indicada no controle da dor e sintomas, bem como na prescrição de recursos terapêuticos e de atividade física. Visando o reconhecimento da atuação do fisioterapeuta em ações de cuidados paliativos, em setembro deste ano, o COFFITO publicou a Resolução n.539/21.

O CREFITO-8 conversou com a Dra. Cristiane Petra, que atua nesta área desde o início da sua formação, em 2004, quando desenvolveu seu trabalho no contexto hospitalar. Segundo ela, os cuidados paliativos devem ser observados como um cuidado para a vida e que, qualquer pessoa que tenha algum tipo de doença crônica está em cuidados paliativos. “O fisioterapeuta precisa ter um olhar global para o paciente e precisa estar capacitado para propor terapêuticas que realmente ajudem ou melhorem a condição daquele paciente. A Resolução COFFITO n.539/21 é um incentivo para a abertura de mais cursos, como pós-graduações e, consequentemente, mais capacitação e habilidade para o profissional fisioterapeuta nos cuidados com seus pacientes”, completou.

O paliativismo, como também é chamado, tem a intenção de seguir os procedimentos da ortotanásia: reduzindo danos e admitindo o caminho da morte natural em casos irrecuperáveis. A atuação do profissional também consiste em aliviar e controlar sintomas, principalmente de dor, propor reflexões e adaptações para o enfrentamento da condição e, não menos importante, oferecer dignidade ao doente e seus familiares.

Leia a Resolução COFFITO n.539/21